O restauro do jardim começou a ser discutido com a prefeitura em 2001 diante da iminência do VI Encontro Nacional de Ensino de Paisagismo em Escolas de Arquitetura e Urbanismo (Enepea) no ano seguinte.

O restauro apoiou-se numa avaliação realizada pelo laboratório, que priorizou a precariedade do estado de conservação que poderia levar à completa descaracterização e o risco de se tornar irrecuperável. As informações fornecidas pelos moradores da vila foram fundamentais para a reconstituição do traçado da praça.

A base do projeto de restauro partiu da observação in loco comparando com os desenhos de Burle Marx de 1935, na qual foi possível constatar vestígios dos canteiros gramados com exemplares de espécies da caatinga, da escultura do vaqueiro e das rochas que compunham o canteiro central onde ficavam as espécies da caatinga e os bancos em concreto menores e um maior de forma ondulada. 

Em  2011, a primeira fase do restauro requereu a elaboração de um inventário florístico e estudo fitossanitário do estrato arbóreo e das palmeiras, o que implicou em avaliação quanto à retirada de alguns indivíduos e plantio de outros.

A segunda fase aconteceu em maio de 2014 (3 anos e 5 meses depois), seguindo a decisão da Prefeitura do Recife de intervir apenas nos lagos retangulares (primeiro e terceiro jardim).

Foi necessária a retirada da vegetação espontânea que havia se proliferado e impermeabilizar o piso e as paredes do lago para recomposição das indicações do projeto original.

O projeto de restauro concretizou-se em agosto de 2013 a partir das contribuições do Workshop Restauro de Jardins Históricos (2012). Foi priorizada no restauro a vegetação indicada no projeto original de Burle Marx com especial atenção para as plantas aquáticas. 

O desenho do lago e dos canteiros no seu entorno foi recomposto e se consolidou um caminho do terminal de ônibus até a edificação nova do aeroporto já utilizado pelos funcionários que trabalham nas proximidades.